Guerra comercial de Trump: posição brasileira é de cautela e não sofrer nem reagir por antecedência
Governo brasileiro quer aguardar desfecho da guerra entre Estados Unidos, México, Canadá e
China para ter uma avaliação do que pode acontecer com o Brasil.
Com o início da guerra comercial entre os Estados Unidos e países como México, Canadá e China, o governo brasileiro adota uma postura de “prudência”, orientando que não se antecipe a possíveis problemas. Assessores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliam que o Brasil não deve se envolver nas ameaças feitas pelo presidente Donald Trump, a menos que ações concretas sejam tomadas contra o país na área comercial. A estratégia é aguardar e observar a situação, já que retaliações diretas contra o Brasil não fariam sentido, considerando a Tarifa Externa Comum do Mercosul, do qual o Brasil faz parte.
Neste cenário, a equipe presidencial enfatiza a importância de monitorar de perto o desenrolar dos acontecimentos, especialmente após a imposição de medidas retaliatórias de Canadá e México contra os Estados Unidos. Por outro lado, a China já anunciou que recorrerá à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra o governo de Trump. No entanto, essa guerra comercial pode trazer benefícios ao Brasil, que, durante o primeiro mandato de Trump, viu a China aumentar suas compras de produtos brasileiros, após o aumento das tarifas de importação de produtos chineses pelos Estados Unidos.
Além disso, se os Estados Unidos decidirem também aumentar as tarifas de importação de produtos da União Europeia, o Brasil pode ganhar espaço no mercado, já que os produtores europeus poderiam ser prejudicados. Essa situação pode finalmente abrir caminho para o fechamento de um acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia.
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