Programa para enfrentamento de assédio no transporte público é criado no Rio

Mulheres podem notificar ao programa, que será exclusivo para casos em transportes públicos.

Mulheres com um novo aliado nessa luta. Foto: Mateus Dantas

Mulheres que vivem no Rio de Janeiro agora vão ter um amparo maior em relação aos diversos casos de assédios em transportes públicos. Foi na quarta-feira passada (10), que o Programa Permanente de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio no Transporte Público, foi formado pela Prefeitura e entrou em ação. O serviço oferece notificações e informações específicas que envolvem o desconforto provocado nestes transportes. Esse serviço está disponível nos canais da Central de Atendimento ao Cidadão 1746 – telefone, portal, WhatsApp (21) 3460-1746 e Facebook.com/Central1746.

O objetivo da ação é para que as mulheres que passarem por esse grande incômodo, possam ligar e notificar o ocorrido, a partir de então se desejarem, recebem um protocolo para seguir com a denúncia pela Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher, que terá acesso aos dados que se pede no cadastro rápido, que será informado pela vítima. Vale ressaltar que o Programa é para todas as mulheres, em sua diversidade seja qual for.
E assim, com a coleta de dados (lugar, hora, data e características do acusado) que esse serviço irá receber por elas, poderá conseguir identificar as regiões mais seguras para as mulheres, como pontos de ônibus e outros, e informá-las.

O problema da violência à mulher, em todas as suas variantes (psicológica, moral, física, verbal e tantas outras) é que, a do assédio no transporte são as menos notificadas, justamente por não saberem onde serão ouvidas. O Programa veio para melhorar isso.
Joyce Trindade, secretária Especial de Políticas e Promoção da Mulher, que está à frente do Programa, visa ainda transformá-lo em um projeto de lei, e entrará em contato com a Câmara dos Vereadores. Ela também diz já ter iniciado a capacitação dos servidores públicos nos BRTS, para que recebam treinamento e orientação ao encaminhar tais mulheres que forem vítimas, no transporte.

O programa é formado por secretarias especiais como: Especial de Políticas e Promoção da Mulher (SPM-Rio), Municipal de Transportes (SMTR) e de Governo e Integridade Pública (Segovi), em parceria com o Departamento Geral de Polícia de Atendimento à Mulher.