Dos 133 cardeais eleitores, seis são brasileiros
O conclave que definirá o novo papa após o falecimento de Francisco começa nesta quarta-feira (7) e contará com o maior número de eleitores já reunido na história da Igreja Católica. Ao todo, 133 cardeais com menos de 80 anos estarão presentes na Capela Sistina, no Vaticano, para votar no sucessor de Francisco. Embora o colégio eleitoral conte com 135 membros aptos, dois cardeais – o espanhol Antonio Cañizares Llovera e o bósnio Vinko Puljic – anunciaram que não participarão por motivos de saúde.
Cerca de 80% dos cardeais votantes foram nomeados pelo próprio Francisco, o que imprime ao processo uma configuração mais diversa e representativa de regiões historicamente pouco presentes nos conclaves, como África, América Latina e Oceania. A eleição deste ano reunirá cardeais de 70 países diferentes, um salto significativo em relação às 48 nacionalidades representadas em 2013 e às 53 em 2005. Com isso, esta será a eleição papal mais internacional da história da Igreja.
O número de cardeais votantes tem aumentado ao longo dos séculos. Em 1621, apenas 51 religiosos participaram da eleição de Gregório XV, num processo que durou quase três anos e antecedeu as regras atuais de confinamento e voto secreto. Nos conclaves mais recentes, o número de eleitores também tem crescido: 115 em 2013 (Francisco), 115 em 2005 (Bento XVI) e 111 em 1978 (João Paulo II). A tendência reflete o crescimento da Igreja e o desejo de maior pluralidade nas decisões.
O Brasil terá participação histórica nesta eleição, com seis cardeais aptos a votar – o maior número já registrado pelo país em um conclave. A votação, que não tem data definida para terminar, costuma durar de dois a três dias. O mundo católico aguarda, agora, a escolha do novo líder espiritual de mais de 1,3 bilhão de fiéis ao redor do planeta.
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