Prefeitura de Maricá forma 81 alunos na 2ª edição do curso de Guarani
Formação foi oferecida gratuitamente pela Secretaria de Participação Popular e Direitos Humanos em parceria com a UFF
A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Participação Popular e Direitos Humanos, entregou neste sábado (22/07) os certificados de 81 alunos na 2ª edição do curso de Guarani. A cerimônia de encerramento aconteceu na aldeia indígena Céu Azul (Tekoa Ara Hovy), da etnia Guarani, no bairro de Itaipuaçu, e contou com café da manhã com comidas típicas e apresentação musical. A formação foi oferecida gratuitamente a população em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF) e teve o objetivo de ensinar aos moradores de Maricá o idioma materno dos povos indígenas da etnia Guarani Mbya que residem no município.
Presente na cerimônia, o secretário de Participação Popular e Direitos Humanos, João Carlos de Lima (Birigu), ressaltou o interesse da população pela cultura dos povos indígenas. “Aos poucos, Maricá vem conquistando seus objetivos, mostrando o seu olhar mais afetuoso pelos povos originários, e nós da secretaria estaremos sempre trilhando esse caminho, respeitando todos os direitos. Aproveito para reforçar que no próximo ano vamos dar sequência a essa iniciativa já no novo espaço do Espraiado. Saímos daqui felizes e mostrando a importância do respeito aos povos originários”, afirmou.
Alunos comemoram a formatura
O administrador, Wesley Dechavantes, de 39 anos, falou sobre a importância do curso na interação com os povos originários. “O curso é fundamental para dar os primeiros passos para a integração. É um país formado de centenas de povos, de línguas e culturas e temos muito o que aprender como sociedade. É preciso nos capacitar em Guarani para dar voz aos povos originários. O curso é essencial para vermos com outros olhos”, contou.
A professora Cláudia Valéria, 57 anos, contou como foi a experiência em conhecer a cultura indígena. “Meu sentimento é de gratidão, estamos aprendendo e tentando devolver o que eles perderam. Tudo é deles e sabemos que nós somos os invasores. Vamos caminhar e cuidar juntos, com muito respeito. Que venham mais cursos. A semente foi lançada, agora ela irá florescer”, declarou.
Conhecimento da cultura indígena
O curso teve carga horária total de 10 horas. As aulas aconteceram na sede da Secretaria de Participação Popular e Direitos Humanos, localizada na Rua Pereira Neves, nº 272, no Centro e em Itaipuaçu, pelos professores foram ministradas pelos foram ministradas pelos professores Izaque Souza e Vanderlei da Silva Weraxunu.
“Essa foi uma experiência muito boa, que fortalece a visibilidade do nosso povo para cidade. A população leva um pouco da nossa cultura, nossa língua e de alguma forma disseminar isso para próximo”, contou Vanderlei.
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