Novembro Azul: Saiba tudo sobre o câncer de próstata
No Brasil, em 2011, foi lançada pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, a campanha Novembro Azul, o maior movimento em prol da saúde do homem
O que é? A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino que contribui para produção e armazenamento do sêmen. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma).
O câncer na próstata é o tipo de tumor mais comum em homens com mais de 50 anos. A taxa de incidência é maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento. A doença é o resultado de uma multiplicação desordenada das células da próstata.
Quando há presença de câncer, a glândula endurece. Na fase inicial, o câncer de próstata não tem sintomas. Em 95% dos casos, eles aparecem em estágio avançado.
Portanto, exames preventivos frequentes são fundamentais para que a doença não seja descoberta em estado avançado. Homens a partir dos 50 anos de idade (ou 45, se houver casos de câncer de próstata na família). Pessoas negras também têm maior predisposição para desenvolver este tipo de câncer devido ao fator genético. É importante destacar que todos homens dentro destas condições devem realizar os exames preventivos anualmente.
No Brasil, em 2011, foi lançada pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, a campanha Novembro Azul, o maior movimento em prol da saúde do homem, com o objetivo de alertar para a importância do diagnóstico precoce desse tipo de câncer que, em 2018, levou ao óbito 15.576 homens no país. Dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer) indicam que 68.840 novos casos de câncer de próstata foram diagnosticados em 2020.
Característica do tumor – Alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e podendo levar à morte. A maioria, porém, cresce de forma tão lenta (leva cerca de 15 anos para atingir 1 cm³) que não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem.
Sintomas – Em sua fase inicial, o câncer da próstata tem uma evolução silenciosa. Por isso, muitos homens não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata, também chamado de HPB.
Quando alguns sinais começam a aparecer, 95% dos tumores já estão em fase avançada, dificultando a cura. Confira os sintomas que são suspeitos e merecem uma consulta ao médico:
• Sensação de que sua bexiga não se esvaziou completamente e ainda persiste a vontade de urinar.
• Dificuldade de iniciar a passagem da urina.
• Problemas para interromper o ato de urinar.
• Urinar em gotas ou jatos sucessivos.
• Necessidade de fazer força para manter o jato de urina.
• Vontade incontrolável de urinar mesmo quando a bexiga não está cheia.
• Sensação de dor na parte baixa das costas ou na pélvis (abaixo dos testículos).
• Problemas em conseguir ou manter a ereção.
• Sangue na urina ou no esperma (esses são casos muito raros).
• Dor durante a passagem da urina ou nos testículos.
• Ejaculação dolorida.
• Dor lombar, na bacia ou nos joelhos
• Sangramento pela uretra.
Câncer de próstata avançado – Na fase muito avançada, o câncer de próstata pode provocar dor óssea, sintomas urinários ou, quando mais grave, infecção generalizada ou insuficiência renal.
Por isso, é importantíssimo que os homens desenvolvam o hábito de prestar atenção ao seu organismo para observar sintomas repentinos e alterações. Assim, podem procurar um médico para tirar dúvidas, ser orientados e tratados.
A ausência dos sintomas não garante que não há problemas com a saúde do homem. Portanto, realize os exames preventivos anualmente e fique atento para mudar os fatores de risco que independem da genética.
Fatores de risco – Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maiores serão as chances de cura, além de permitir um tratamento menos agressivo. Conheça alguns fatores de risco comumente atribuídos ao câncer de próstata:
Hereditariedade – A doença é definida como hereditária, quando:
• Três ou mais parentes de primeiro grau são afetados.
• Dois parentes de primeiro grau forem diagnosticados antes dos 55 anos de idade.
• Quando acontecer em três gerações consecutivas (avô, pai e filho).
Na presença de alguns desses critérios, o risco de desenvolver a doença é de 50%.
Idade – Assim como em outros tipos de câncer, a idade é um marcador de risco importante, ganhando um significado especial no câncer da próstata, uma vez que tanto a incidência como a mortalidade aumentam exponencialmente após os 50 anos.
Alimentação – A influência da alimentação sobre a formação do câncer ainda é incerta, não sendo conhecidos os exatos componentes ou mecanismos pelos quais ela pode influenciar o desenvolvimento da doença.
Já outras substâncias geradas durante o preparo de alguns alimentos, podem aumentar o risco de câncer da próstata:
• Aminas heterocíclicas: se formam com a utilização de temperaturas muito elevadas no modo de preparar carnes brancas e vermelhas, sejam de forma frita ou grelhada. Essas substâncias que se formam e aderem à superfície das carnes, quando consumidas com frequência, podem favorecer o surgimento deste tipo de câncer.
• Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos: são compostos produzidos pela queima incompleta de substâncias orgânicas como o carvão, a lenha e a gasolina. A absorção destas substâncias por meio da pele, da respiração e da ingestão está associada não só ao câncer de próstata, mas também aos de pele, mama, bexiga e fígado.
Obesidade, tabagismo e consumo de álcool – Outros fatores cujas associações com câncer da próstata foram detectados em estudos que incluem consumo excessivo de álcool e tabagismo. Homens com sobrepeso e obesos também possuem maior risco de desenvolver câncer de próstata.
Raça – Homens negros, pelo fator genético, têm mais casos deste tipo de câncer.
Prevenção – Fazer exames periodicamente é a melhor maneira de identificar o câncer de próstata em estágio inicial, uma vez que não há prevenção contra a doença. A detecção precoce do câncer de próstata tem 90% de chances de cura. Sociedades médicas recomendam que homens a partir dos 50 anos de idade façam o exame de próstata anualmente e, acima dos 45, caso esteja inserido nos fatores de risco.
O ritual compreende o toque retal e o exame de sangue, para checar a dosagem do PSA (antígeno prostático específico). Havendo alguma suspeita, o paciente deve se submeter à biópsia da próstata.
Para prevenir o câncer de próstata, a consulta médica e exames periódicos são essenciais.
De modo geral, não existe um caso igual a outro: a idade do paciente, o estado geral em que se encontra, a extensão da positividade na biópsia, o tipo de diferenciação das células (se elas se parecem com a glândula original ou não), são algumas das variáveis para análise da gravidade de caso.
Tratamento – As recomendações mais comuns para o tratamento do câncer de próstata são:
• Para doença localizada (que só atingiu a próstata e não se espalhou para outros órgãos): cirurgia, radioterapia e até mesmo observação vigilante (em algumas situações especiais) podem ser oferecidos.
• Para doença localmente avançada: radioterapia ou cirurgia em combinação com tratamento hormonal têm sido utilizados.
• Para doença metastática (quando o tumor já se espalhou para outras partes do corpo): o tratamento mais indicado é a terapia hormonal.
A escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada e definida após médico e paciente discutirem os riscos e benefícios de cada um.
Fontes de consulta – Instituto Nacional do Câncer (INCA)
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