DEPUTADA QUER LEI PARA PREVENIR O RETINOBLASTOMA

DEPUTADA QUER LEI PARA PREVENIR O RETINOBLASTOMA

Filha do apresentador Tiago Leifert foi diagnosticada com a doença e chamou a atenção da sociedade para seus principais sintomas

Para ajudar a conscientizar um número cada vez maior de pais sobre a importância do diagnóstico precoce do retinoblastoma, tipo raro de câncer que atinge, principalmente, crianças, a deputada estadual Adriana Balthazar (Novo) acaba de protocolar dois projetos de lei sobre o assunto na Alerj: um que cria o Programa de Conscientização, Incentivo ao Diagnóstico Precoce e Tratamento da doença no Estado do Rio de Janeiro, e outro, em coautoria com o deputado Noel de Carvalho (PSDB), que obriga maternidades e unidades de saúde a realizarem o diagnóstico clínico da catarata congênita e outras doenças oftalmológicas, o chamado ¨teste do olhinho¨, não somente em recém-nascidos, mas nos cinco primeiros anos de vida da criança.
¨Os médicos relatam que o diagnóstico precoce é fundamental, pois, quanto mais cedo o tumor é encontrado, além de maiores as chances de cura, há também maior probabilidade de salvar o globo ocular. Precisamos amplificar os esforços nesse sentido, ajudando centenas de pais a identificarem os primeiros sinais e a buscarem o tratamento adequado¨, ressaltou a deputada.
Se aprovado, o PL 5288/2022 prevê cooperação técnica entre o Governo do Estado e os municípios para realização de avaliações periódicas e exames laboratoriais nas unidades do SUS, além de capacitação dos profissionais de saúde para o diagnóstico e tratamento da doença. Já o PL 5371/2022 altera o artigo 1º da Lei 3931/2002, obrigando maternidades e unidades de saúde a realizarem o ¨teste do olhinho¨ a cada quatro meses, nos três primeiros anos de vida da criança, e anualmente, entre os três e os cinco anos. Segundo diretrizes recentes do Ministério da Saúde, a prevenção realizada nos cinco primeiros anos de vida da criança tem impacto direto no tratamento e cura do retinoblastoma e outras doenças, como a catarata, o glaucoma congênito e a opacidade corneana.
Responsável por cerca de 3% dos cânceres infantis, no Brasil, o retinoblastoma atinge uma média de 400 crianças por ano. Como o tumor se origina na retina, que capta a luz e envia a informação ao cérebro, gerando a visão, os olhos da criança podem apresentar estrabismo (olhos desviados ou tortos) e movimentos irregulares. Outro sintoma muito comum é a presença de um reflexo que lembra o brilho nos olhos dos gatos, como um flash de fotografia nos olhos.
Dois terços dos casos de retinoblastoma são diagnosticados antes dos dois anos de idade e, em sua maioria, são esporádicos, quando uma célula sofre mutação e passa a se multiplicar descontroladamente. Cada caso demanda um tipo de tratamento, ou uma combinação deles, podendo ser utilizados quimioterapia, laser e até crioterapia, uma espécie de congelamento do tumor.

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