Contraofensiva lenta da Ucrânia serve para salvar vidas das tropas, diz vice-ministra da Defesa
Forças do país já libertaram cerca de 300 quilômetros quadrados de território contra a Rússia, mas ritmo diminui para minimizar baixas, segundo Hanna Maliar
A Ucrânia libertou 300 quilômetros quadrados de território da Rússia desde o início da sua contraofensiva, mas minimizar as baixas à medida que as tropas avançam em condições difíceis tem sido a sua prioridade, disse a vice-ministra da Defesa, Hanna Maliar.
Numa entrevista ao correspondente internacional da CNN, Frederik Pleitgen, Maliar disse que a contraofensiva de Kiev progrediu mais lentamente do que o previsto, mas esse ritmo foi concebido para salvar as vidas das tropas.
“Ao contrário da ciência militar, os ucranianos arriscaram e iniciaram uma ofensiva quando o inimigo tinha mais armas e mais pessoas”, disse ela.
“A ciência militar diz que você deve fazer isso quando tiver superioridade. Isso não é possível na nossa situação. Temos que lutar da forma como está.”
“Não se trata de número de quilômetros liberados. Trata-se de que as nossas forças sejam capazes de avançar nestas condições.”
Maliar também afirmou que os russos estavam perdendo até oito vezes mais tropas que os ucranianos no leste do país. A CNN não conseguiu verificar de forma independente a afirmação, mas responsáveis ocidentais e analistas independentes acreditam que Moscou tem sofrido consistentemente perdas mais pesadas.
A vice-ministra também reiterou que a contraofensiva “está decorrendo de acordo com o plano”, mas disse que a Ucrânia precisa de apoio internacional adicional e repetiu os apelos ucranianos por mais armas e munições.
“O povo ucraniano está muito grato por todo o apoio dos países ocidentais. Percebemos que as nossas vitórias são impossíveis sem a ajuda do Ocidente”, acrescentou.
Apesar das dificuldades, Maliar acredita no sucesso final da Ucrânia.
“Acreditamos na nossa vitória. Estamos em nossa terra, não há como voltar atrás. Defenderemos o nosso país até libertarmos todos os nossos territórios”, disse ela.
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