Brasil se Tornou uma Potência Paralímpica

Brasil se tornou uma Potência Paralímpica

O Brasil concluiu sua participação na Paralimpíada de Paris 2024 em 5º lugar, alcançando um recorde de 25 medalhas de ouro e um total de 89 medalhas.

O Brasil concluiu sua participação na Paralimpíada de Paris 2024 em 5º lugar, alcançando um recorde de 25 medalhas de ouro e um total de 89 medalhas. Este desempenho representa a melhor campanha do país em uma edição dos Jogos Paralímpicos. Mas quais são os fatores que explicam o sucesso do Time Brasil e sua ascensão como potência paralímpica?

A trajetória de sucesso do Brasil nos Jogos Paralímpicos é resultado de uma combinação de investimentos estratégicos e um contexto social específico. O país tem demonstrado que o investimento em infraestrutura e na formação de atletas paralímpicos gera resultados significativos a longo prazo. Em um contexto social onde pessoas com deficiência frequentemente enfrentam barreiras em suas atividades diárias, o esporte se torna um campo onde seu esforço e evolução são verdadeiramente valorizados. Esse cenário, aliado ao talento dos atletas, tem posicionado o Brasil como destaque global.

Desde 2008, quando os Jogos Paralímpicos foram realizados em Pequim, o Brasil tem consistentemente figurado entre as dez melhores nações. No entanto, o crescimento mais notável no esporte paralímpico ocorreu a partir dos Jogos do Rio de Janeiro em 2016. Nas duas edições mais recentes, o país conquistou 72 medalhas, um avanço significativo em comparação com as 43 medalhas obtidas em Londres 2012, quando também ocupou a 7ª posição.

Uma das principais mudanças para o desenvolvimento do esporte paralímpico foi a criação do centro de treinamento oficial do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), localizado em São Paulo. Inaugurado após os Jogos do Rio, o espaço de mais de 100 mil metros quadrados tem sido fundamental para o desenvolvimento de 17 modalidades paralímpicas e sediou quase 1.500 eventos esportivos desde sua abertura. Os investimentos no centro totalizaram R$ 264,2 milhões, provenientes do Governo do Estado de São Paulo e do Governo Federal, através do Ministério dos Esportes. Esses investimentos, porém, só produzem resultados quando combinados com o foco e a determinação dos atletas.

 

O desempenho superior do Brasil nas Paralimpíadas, em comparação com os Jogos Olímpicos, também é um fator relevante. Na edição de Paris, por exemplo, o Brasil não conseguiu superar seu melhor desempenho olímpico histórico. Com 373 medalhas paralímpicas até antes dos Jogos de Paris, o Brasil tem um recorde consideravelmente superior ao de 170 medalhas olímpicas, incluindo a última edição. A diferença no financiamento entre o Comitê Olímpico do Brasil (COB) e o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) é notável, com o CPB recebendo R$ 1,64 bilhão em pouco mais de duas décadas, valor 40% inferior ao recebido pelo COB no mesmo período. A Lei das Loterias é a principal fonte de recursos para o CPB, responsável por 80% de seu financiamento.

Adicionalmente, a variedade de categorias nas competições paralímpicas contribui para o sucesso do Brasil. Nas Paralimpíadas, modalidades são subdivididas em diferentes classes, permitindo a participação de mais atletas brasileiros e aumentando as chances de medalhas. Por exemplo, Adria Santos, a maior medalhista feminina da história dos Jogos Paralímpicos, conquistou 13 medalhas, incluindo quatro de ouro, na classe T11 para deficientes visuais.

A qualidade dos atletas brasileiros também desempenha um papel crucial. O sucesso do país nas Paralimpíadas é resultado da combinação de investimentos em infraestrutura, formação de atletas e a excelência dos próprios competidores.

 

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