“Silvio” falha em capturar a grandiosidade do apresentador e desperdiça potencial com escolhas questionáveis

“Silvio” falha em capturar a grandiosidade do apresentador e desperdiça potencial com escolhas questionáveis

 

 

O filme “Silvio”, que estreia nos cinemas nesta quinta-feira (12), falha em capturar a essência e a grandiosidade de Silvio Santos, um dos maiores ícones da televisão brasileira. A cinebiografia, que deveria celebrar a vida notável do apresentador, acaba se perdendo em uma sucessão de episódios desconexos e sem sentido.

A escolha de Rodrigo Faro para o papel principal é especialmente problemática. Faro, apesar de seus esforços, não consegue transmitir a complexidade e o carisma de Silvio Santos. A maquiagem usada para envelhecê-lo é claramente artificial, o que acaba distraindo o público e comprometendo a imersão na história. A atuação de Faro, muitas vezes engessada, não convence como a do septuagenário famoso, e a decisão de escalá-lo para interpretar a fase mais madura do apresentador, enquanto Vinicius Ricci é escolhido para a fase inicial da carreira, só aumenta a sensação de desconexão.

 

Um dos maiores erros do filme é a omissão do nome do canal fundado por Silvio Santos, o SBT. Enquanto a Globo é mencionada, o filme ignora o impacto e a importância do próprio canal do apresentador, o que é uma grande falha para uma cinebiografia sobre alguém tão central na história da televisão brasileira.

Embora a tentativa de entrelaçar a vida de Silvio Santos com o episódio do sequestro duplo de 2001 seja um esforço louvável, a execução deixa a desejar. O filme tenta usar o sequestro como um recurso narrativo, mas acaba se tornando uma reconstituição que parece mais uma encenação policial do que um momento de tensão real. A direção de Marcelo Antunez não consegue elevar as cenas a um nível de intensidade apropriado, e o roteiro de Anderson Almeida, com contribuições de outros roteiristas, não faz justiça ao potencial dramático da história.

 

 

A repetição de frases de efeito e o ritmo arrastado do filme fazem com que as duas horas de duração pareçam muito mais longas. Em vez de fornecer uma visão mais profunda sobre a vida de Silvio Santos, o filme apenas passa por grandes eventos de sua vida de forma superficial, sem peso ou impacto significativo.

No final das contas, “Silvio” não apenas falha em prestar uma homenagem adequada a um dos maiores nomes da TV brasileira, mas também decepciona aqueles que esperavam uma biografia rica em detalhes e profundidade. O filme deixa muito a desejar e não consegue capturar a verdadeira essência da figura que representa.

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